Alimentação: por que comemos o que comemos?

Pão francês, manteiga, um pedaço de mamão com aveia, meia xícara de café. E um bom dia! É à frente dessa mesa, ou de uma muito parecida com ela, que alguns brasileiros começam sua rotina diária de alimentação. Mas você já parou para pensar por quais motivos comemos o que comemos? Hoje vamos falar sobre isso, vem ler!

Novas oportunidades de alimentação: plantas comestíveis

Existem  cerca de sete mil plantas comestíveis na Terra, porém 90% do que consumimos vêm de apenas 15 espécies. Ao longo dos anos, e nos diferentes espaços que o ser humano ocupa no planeta, uma série de fatores — como clima, religião, práticas ancestrais, disponibilidade de ingredientes, conhecimento de técnicas etc — vem determinando os hábitos alimentares de cada povo ou comunidade. Ou seja, sua cultura alimentar.

“Cultura alimentar é o conjunto de crenças, práticas e representações que um grupo social compartilha a respeito do que se come”, segundo a professora e pesquisadora da área de alimentação, Joana Pellerano.

O que estamos comendo?

É fato que o ser humano precisa comer para sobreviver, mas também é sabido que não comemos qualquer alimento. “O que escolhemos e o que pensamos sobre essas escolhas acabam representando nosso grupo social. E tudo isso funciona como um mapa para nossos comportamentos em relação ao que vamos comer e beber”, esclarece Pellerano.

Ao longo das décadas, assistimos a um grande massacre de povos e comunidades tradicionais, bem como de seus hábitos alimentares, provando que o modelo produtivo atual — baseado exclusivamente na eficiência, na produtividade e no lucro — é uma poderosa ameaça às culturas alimentares.

“Isso faz com que modos de fazer, viver e comer de populações específicas, principalmente grupos com menos representatividade política, econômica e/ou social, sejam perdidos pelo caminho em detrimento de formas mais genéricas, que podem ser padronizadas e reproduzidas sempre da mesma maneira a um custo mais baixo”, como diz a pesquisadora Joana Pellerano.

A mudança de hábito na alimentação brasileira

Você conhece o conceito de one health? Ricardo Abramovay, sociólogo, cientista político e professor universitário, definiu em seu artigo “Desafios para o sistema alimentar global”, como “a ideia de enfatizar o vínculo indissociável entre nossos hábitos alimentares, a maneira como são satisfeitos e suas consequências para a saúde humana e para os serviços ecossistêmicos dos quais dependemos.”

Ou seja, não basta apenas ingerirmos frutas, legumes e verduras se esses alimentos estão intoxicados com diferentes agrotóxicos. Uma boa pedida são os alimentos e bebidas clean label — do inglês, “sem rótulo” —, que contém poucos ingredientes e são sem aditivos químicos, como corantes, conservantes e estabilizantes. Entender de onde vem o alimento que colocamos no prato, quem os produz, como é feita sua distribuição, entre outras informações, é essencial para mudarmos nossos hábitos alimentares. 

No Brasil, na contramão desse afogamento, movimentos, associações, pontos de cultura, chefs, ativistas e pesquisadores se destacam como importantes formadores de opinião para a salvaguarda das culturas alimentares locais e regionais, pautando desde escolhas individuais até políticas públicas relacionadas à alimentação. Fica a dica para alguns perfis: Instituto Iacitata, Slow Food Brasil, MST, Neide Rigo, Bel Coelho, Comida Saudável pra Todos.

E falando em alimentação boa, que tal conhecer as bebidas Kiro? Elas são feitas com 4 ingredientes: gengibre, vinagre de maçã e água. Mas não para por aí! Temos diferentes sabores também. Vem conferir!

 


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